domingo, 12 de fevereiro de 2012

FUNDAMENTOS DA ADORAÇÃO


 

Ser um adorador é o que Deus mais deseja que sejamos. Deus me chamou e nos chamou para sermos um adorador, Deus te fez para ser um adorador. Deus nos chamou para servi-lo, para fazer a sua obra, essa é uma das mãos pelas quais fomos formados, mas na outra mão Deus nos fez para termos comunhão com ele. E adoração nada mais é do que termos comunhão com Deus.

Quando Deus criou o homem no jardim do Éden, o criou para ter comunhão com Deus. Uma comunhão verdadeira, uma comunhão despretensiosa. A adoração começa num lugar secreto, intimo de comunhão com Deus.  Sem essa disposição de estarmos presença de Deus, não existe seminário de adoração, não existe nenhuma fórmula que se possa ensinar na vida da igreja de como é a verdadeira adoração. 


Adoração não tem nenhuma fórmula para se conseguir, a não ser estar na presença do pai, no lugar secreto em intima comunhão com Ele. Adoração é o homem em comunhão com Deus. É Deus no cair da tarde no jardim do Éden visitando o homem e a mulher que ele criou e chamando-os pelo nome. É isso que Deus deseja e essa é a verdadeira adoração a que Deus nos convida.
Precisamos ter um lugar secreto de comunhão com Deus, de intimidade. Um lugar onde ali a nossa vida é gerada, a onde a nossa vida é reformada, a onde a nossa vida é transformada, e curada por Deus. Onde as nossas mazelas, nossos problemas nossos pecados ficam diante do senhor no seu altar. Isso é adoração. 
 
Começa com essa disposição de desejarmos parar o mundo, parar com a agitação, parar com que estamos fazendo, deixar as coisas passageiras e nos voltarmos para o eterno. 2 Co 4:18: “não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.”
Adoração é um convite de Deus para o eterno. Adoração é quando decidimos investir a nossa vida no eterno. E Parar para ouvir a voz de Deus, isso é o eterno. Todo o resto é passageiro, tudo tem um fim. Nossa própria vida aqui nesta terra tem um fim.

 Em João 4:23: “ Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.” Este texto é chave para a vida de adoração da igreja. E o primeiro princípio aqui é que Deus não procura adoração. Deus procura adoradores. Porque a adoração é um produto e adorador é uma maneira de ser. Deus procura o ser que adora e não o produto. O nosso enfoque deve ser no que é ser um adorador.


Existem algumas fórmulas gostosas e boas de como ministrar o louvor, existem coisas que podemos fazer para que melhore tecnicamente a adoração. Mas, a adoração tem a ver com o coração. A igreja tem gasto uma grande parte do seu esforço, de seus recursos, de seu potencial tentando produzir adoração, mas o que Deus mais quer é um coração de adorador. Um coração totalmente dele. O que significa um coração totalmente dele? O que isso significa na nossa vida.
Temos então cinco perguntas para meditarmos:

1.A quem adoramos? 2.Por que adoramos? 3. Aonde adoramos? 4. Quando adoramos? 5. Como adoramos? 



Neste texto vamos tratar da primeira pergunta: 1.A quem adoramos?
O primeiro enfoque que a igreja precisa ter é qual o alvo da nossa adoração. Existem muitas pessoas que adoram a adoração. Estão mais envolvidas com o produto, com a música, com o cantar do que com o ser um adorador. E isso acontece porque a igreja tem o foco errado de quem é o alvo da nossa adoração. O que Deus quer ampliar em nossa vida como adoradores: é a quem nós adoramos. 


Quando Jesus responde a Satanás na tentação do deserto, Ele diz “ ao Senhor teu Deus adoraras e somente a Ele darás culto”. Aqui Jesus define a quem adoramos: “só ao Senhor teu Deus”. E quando a bíblia enfoca “ só o Senhor teu Deus” ela está incluindo aqui uma trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Esse é o nosso alvo, o nosso foco. É para este foco que devemos olhar: é a Deus que nós queremos, é por Ele que somos apaixonados, é a Ele que desejamos adorar. Ele é o alvo da nossa adoração. Ele é o grande “Eu Sou”. Aquele que tem que ser entronizado, que tem que ser constantemente enfocado pela igreja. 


Sabem o que é um ídolo? É tudo o que fica entre você e Deus. Idolatria nós pensamos muitas vezes em “santinhos”, amuletos. Idolatria é qualquer coisa que fique entre nós e Deus. Qualquer coisa que tira do foco do “quem é digno de adoração”. Os ídolos deste mundo hoje não são mais feitos de madeira, de bambu ou de gesso. Os ídolos deste mundo atualmente são mais poderosos porque eles roubam o coração, roubam a alma, roubam o espírito, estão roubando o coração de toda uma geração. É preciso que estes ídolos sejam acusados, retirados para que o foco a quem devemos adorar seja ampliado na vida da igreja.
Hoje adoramos um sistema. Mas a nossa visão deve ser Deus. O centro de todas as coisas deve ser Deus. A nossa visão, o centro de todas as coisas deve ser a glória de Deus. Todas as outras coisas são estratégias preciosas que Deus nos dá para viver, mas temos que adorar e invocar é a Deus. O Deus Pai, o Deus filho, o Deus Espírito Santo deve ser colocado à frente da igreja em tudo que fazemos, em tudo que nós somos. 


Ele é o nosso “quem” e isso só é galgado em nosso coração quando nós conhecemos a Deus.  Não podemos entronizar Deus se não o conhecemos. O que devemos fazer é levar todo irmão, toda irmã, todo novo convertido a ter essa visão pessoal de Deus. É algo que Deus quer gerar no coração de cada um de seus filhos. 


É essa visão que sustenta a vida. Quem tem uma visão de Deus de que Ele é o nosso “quem” jamais voltará a trás. Quem tem uma visão clara de Deus em seu coração, a revelação de que Ele é o centro de todas as coisas, que Ele é a razão de todas as coisas. E galgar com Ele nessa comunhão significa que pode desaparecer o mundo em baixo de nós que ficamos agarrado e sustentado na mão de Deus.



Aqui na igreja que meu pai pastoreia tem um irmão que perdeu tudo nas enxentes/enxorradas em Março do ano passado. Ele e a esposa (os dois entre 70 e 80 anos), foram retirados pelo telhado da casa, 7 horas depois que tudo ja estava submerso. Ficaram agarrados nas madeiras que sustentavam as telhas. Eu estava la e vi o resgate deles. Emocionante!
Quando foram resgatados, e passaram por mim na ambulância, ele gritou bem alto pra que eu ouvisse: "Está tudo bem. Deus cuidou de nos!".
Nesta situação, ele estava lá adorando com seu alaúde tocando pra Deus. Este é uma pessoa que conhece e que sabe a quem adora.

Adoração não é um fruto de estarmos nos sentindo bem ou mal. É fruto de nós conhecermos a Deus.

A verdadeira adoração acontece quando seu espírito responde a Deus, e não a alguma melodia musical.


Pelos laços da Cruz, KÉY PIMMEL

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

SOB CONTROLE



Leitura: Isaias 55:9


Quando vemos os acontecimentos diários, temos a impressão de vivermos num mundo completamente descontrolado. Quem faz mal é premiado e os honestos vivem numa "pendenga" desgraçada.
Será que Deus não esta mais no controle do mundo? Essa era a reclamação no tempo do povo de Malaquias.
Perguntavam "Onde está o Deus do juízo?". 
As vezes também somos tentados a pensar assim. Pode parecer certo, mas Deus diz que isso o aborrece. É cansar o Senhor com palavras. É questionar a capacidade de Deus em punir ou premiar. É acusar Deus de agir de forma parcial e imoral. É querer ser melhor e mais "justo" do que Ele.
Deus responde a essa acusação dizendo que Ele esta no controle da história. Ainda não é o dia do julgamento mas esse dia chegará. Vivemos um tempo de preparo, e de chance de arrependimento. Quando passamos tribulação, somos lavados e purificados. Quem passa pelo fogo do ourives é porque tem algum valor. Esse quadro de que os justos vão mal e os injustos aparentemente tranquilos, um dia será revertido.


Um dia, cada um terá que dar conta das suas próprias obras e feitos. Se você é justo, não se preocupe, que você não terá que pagar pelas injustiças do seu irmão.


Se estamos com Deus, tudo está sob controle!


Pelos laços da cruz: KÉY PIMMEL

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

EMBAIXADOR DE ESPERANÇA



Mc.5.1-20

Volte para casa e conte aos seus parentes o que o Senhor lhe fez e como ele foi bom para você. v. 19

Por muito tempo eu fiquei muito indignada, sem entender as razões de Jesus ter permitido aos demônios, a entrada nos corpos dos porcos.
Após ler bem á fundo, entendi claramente os propósitos e intenções do coração de Jesus nesse episódio tão marcante para um homem, que estava aprisionado pelos grilhões demoníacos.
Alguns pontos são de muita relevância no contexto desse encontro de Jesus com o homem dominado por espíritos maus. Vejamos então:
O dono dos porcos provavelmente absorveu algum prejuízo de ordem financeira na perda da sua criação. O envolvimento com o terreno espiritual há sempre um preço a pagar, nem todos sabem disso e muitos não estão prontos para o pagamento.

“ Ele deixou, e os espíritos saíram do homem e entraram nos porcos. E estes, que eram quase dois mil, se atiraram morro abaixo, para dentro do lago, e se afogaram.” v 13

O sofrimento daquele homem causava problemas para muitas pessoas nas cidades circunvizinhas. “ Ninguém conseguia prendê-lo , nem mesmo usando correntes; passava os dias e as noites nos montes e entre os túmulos, gritando e se ferindo...”v.5
Era um grande problema para muitos.
Jesus conhecia o íntimo das pessoas daquelas cidades e agora – entendo o porquê que tudo ocorreu por ali. “ Então começaram a pedir com insistência a Jesus que saísse da terra deles.” v.17. Jesus sentiu que era necessário fazer um grande movimento para atrair e incomodar os corações de todos. O milagre que ele realizou não causou impacto nas vidas de muitos – e talvez todos – da cidade, mas, o assombroso afogamento de quase dois mil porcos isso sim, causou espanto e medo. E como resultado pediram que Jesus fosse embora da região deles.
Sabedor da dureza e incredulidade daqueles corações, Jesus não mediu esforços para atrair a multidão até ele, pois era nele mesmo que todos iriam encontrar o milagre correspondente para cada uma das inúmeras necessidades pessoais.
O maior de todos os milagres tinha acontecido e mesmo assim a população não entendeu a obra divina. “ Quando chegaram perto de Jesus, viram o homem que antes estava dominado por demônios; e ficaram espantados porque ele estava sentado, vestido e no seu perfeito juízo.” v. 15

Assunto encerrado! Jesus estava deixando a região, sem dúvida nenhuma com o coração entristecido pois sempre era costume dele ao ver as multidões aflitas, desgarradas e abandonadas, como ovelhas sem pastor, sentir uma grande compaixão por elas, muita pena mesmo.
O desfecho final desse episódio deve nos levar a uma profunda reflexão. O sentimento de gratidão e o desejo natural daquele homem de seguir o seu libertador é muito comovente. “Quando ele estava entrando no barco, o homem curado pediu com insistência: - ‘Me deixe ir com o senhor!’ Mas Jesus não deixou e disse: ‘Volte para casa e conte aos seus parentes o que o Senhor lhe fez e como ele foi bom para você.” v.18,19
Aquele homem não imaginava o quanto ele seria um valioso instrumento de bênçãos para toda a comunidade, pois ele contaria na região das Dez Cidades o que Jesus tinha feito por ele.
Os resultados da presença marcante de Jesus na região de Gerasa surtiram efeitos mais tarde, quando aquele homem outrora endemoniado e agora, um fiel servo de Jesus, Embaixador da Esperança anunciava a todos: “ Ontem, eu era um perdido e escravo nas mãos dos demônios, hoje, aqui e agora, fui liberto por Cristo, o meu Eterno Salvador e Senhor.
“ E todos ficavam admirados” v.20b