sexta-feira, 3 de junho de 2011

CONSUMISMO



Meninas é o seguinte:
A barra pesou hoje por aqui. Na verdade nem foi hoje. Ela ja vem pesando faz um tempo. O detalhe é que faz uns 3 anos que eu me tornei um consumista-nata. E eu não era assim!
Sempre fui 'mão de vaca', ou 'canguinha', como vocês acharem melhor me definir. Só que, de um tempo pra cá eu 'pirei geral' com esse negócio de comprar. Não! eu nunca estourei nenhum cartão de crédito, eu nunca deixei voltar nenhum cheque... Mas, confesso que me apertei! Na verdade me 'espremi'. E isso não foi nada bom.
Bom, a crise passou, e eu estou 'respirando' melhor. Mas o que acontece é que hoje assisti uma reportagem sobre 'meninas' como eu. Consumistas ao extremo. (Mas só pra deixer bem claro, eu não sou daquelas malucas que sai comprando aquilo que não vai usar, ou compra com os 'olhos'. Não. Tudo que eu compro, eu uso. Mas, 50 % das compras são totalmente desnecessárias).

Que mulher adora consumir a gente já sabe. Talvez, por isso mesmo, é que a moda seja tão frenética quanto volúvel nas suas tendências.
Um estudo realizado pela Credicard, em 2003, revela que quase metade dos cartões de crédito do país, cerca de 46%, se encontram na s nossas bolsas - mulheres, movimentando R$ 32,4 bilhões em compras. (Isso foi em 2003, que dirá hoje, 8 anos depois.)
Por que será que nossos aborrecimentos, e até mesmo TPM se desvanecem diante de um corredor de Shopping?
Diz pra mim qual a mais sublime combinação de palavras da língua portuguesa: a) "Nossa, como você está bonita e supermagra"; b) "A empresa avisa que todo mundo vai emendar o feriadão"; c) "Começou a liquidação de roupas de grife com descontos de 70%".
Quem cravou a última opção, sem hesitar, é da tribo das compradoras profissionais, assumidas, desinibidas.
A verdade é: TODAS AS MULHERES GOSTAM DE COMPRAR! 
E isso independe de classe social e de quanto se tem no banco. Toda mulher é louca por compras.
 Atire o primeiro cartão de crédito a mulher que nunca fez isso: comprar para neutralizar uma frustração séria.
A escritora inglesa Sophie Kinsella usa metáforas bem básicas para explicar o prazer de comprar no livro Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, divertido romance no estilo Bridget Jones: "Como é? É como passar fome durante dias, depois encher a boca de torrada quentinha com manteiga. É como acordar e se dar conta de que é fim de semana. É como os melhores momentos do sexo". Ou às vezes até melhor.

Fiquei furiosa comigo mesma hoje. Eu almoçei com o meu chefo - prefeito, e saí pra pagar duas contas. E quando voltei, me deparei com a seguinte situação: Em menos de 40 minutos de saída, eu comprei: Um vestido de tricot, um lenço, um blusinha, e um poof pra combinar com meu quarto na casa nova. E, detalhe: Uma coisa de cada loja. Ai, pergunto: Eu precisava de qual? Do Vestido... do Lenço...da Blusinha, ou do Poof? EU NÃO PRECISAVA DE NENHUM!!!
E explico isso em poucas palavras: O vestido é lindo, e caiu perfeitamente no meu corpo, mas, eu não preciso de mais um vestido de Tricot. Tenho uma coleção de lenços, e sei la quando vou usar esse que comprei hoje. A blusinha é de combinar com o lenço, então, também não sei quando vou usá-la. E o Poof é pior ainda. Ele é pro quarto da casa nova só que, arrecém estamos começando a decidir detalhes de acabamento pra casa. Ela só ficará pronta no final do ano. Até lá, o poof vai ficar guardado não sei onde, por que nesse apartamente não cabe mais 'uma pulga'. 
Que mania eu tenho de pensar que sempre preciso de roupas. Tenho roupas que comprei no inverno passado, e ainda estão com etiquetas!
Esse dias eu viajei, tive 15 maravilhosos dias em um lugar. Eu, e mais duas amigas. Passei 14 dias sem comprar nada que eu não 'precisasse'.
Ia com as gurias nas lojas, elas compravam bastante. E eu, assim como entrava saia, geralmente de 'mãos vazias'... Maaaaaaaaaaaaaaaaaas, no 15º dia, antes de embarcar de volta pra casa... Bom, nem preciso completar né? Só pra vocês terem uma idéia, eu tive que comprar uma mala gigante, só pra trazer as roupas e sapatos que comprei no último dia. E o que é pior meninas, comprei tudo de verão. Saí de la com 30 graus, e cheguei no Rio Grande do Sul ja tava inverno. Resumindo: Não usei nada do que trouxe de la, ainda!
Por que gostamos de ser 'atletas de shopping'? por que???
Enquanto escrevo isto, olho para o meu cabideiro de bolsas. Sem comentários! 
Apesar de eu ter dois ombros só posso usar uma bolsa por vez. Então, porque estou vendo duas dezenas delas na minha frente agora?
E se você é como eu, que compra mesmo quando está triste, deprê, sozinha, se achando feia, encalhada, 'ninguem me ama - ninguem me quer', desiludida, ou brava... Aaaaffff!!!
Não é em vão que Willian Beveridge escreveu: "O fim material de toda a atividade humana é o consumo."
E Millor Fernandes disse: "Quando começou a comprar almas, o diabo inventou o consumismo".
E eu afirmo, que consumismo desacerbado e incontrolável não porvém de Deus!
Se você, como eu, quer banir esse consumismo 'demoniaco' da sua vida, tente colocar em prática o seguinte:
1: Entenda que uma bolsa a mais, ou um sapato a menos não vai mudar o que você realmente é.
2: Peça á Deus que supra sua necessidade interior (ou aquela que faz com que você consuma desnecessariamente.
3: Lembre sempre que comprar para neutralizar uma dor ou uma crise de TPM só funciona por alguns minutos. Depois que passar você continuará frustrada – e, ainda por cima, endividada. 
4: Dividir a conta, no cartão ou no pré-datado, dá a sensação ilusória de que não se está gastando muito. Todo o cuidado é pouco.  
5: E se você não resistiu e precisa realmente comprar, faça compras parceladas em lojas onde costuma gastar bastante. A gerente deve ter todo o interesse em oferecer condições mais camaradas. 
6: Ir às compras com uma amiga pode ser animado e até útil, se ela tem um bom olho. Mas você tenderá a gastar mais – em tempo e dinheiro. As verdadeiras profissionais preferem agir sozinhas.
7: "Ficou lindo!", em linguagem de vendedora, significa "Oba, mais comissão". Você é quem sabe o que lhe cai bem. Mais: roupas justas não lasseiam; largas, não encolhem. Só compre o que serve perfeitamente. 
8: Não permita que as compras sejam o maior prazer de sua vida. Tem gente que reluta em acreditar, mas existem outras coisas boas na vida. Tente variar: um passeio num lugar bonito, um programa com amigos, e se você é casada: sexo num horário incomum. 

Minhas companheiras! (E se tiver algum homem lendo esse blog hoje, caia fora imediatamente) depois de tudo isso, pra finalizar vou contar para vocês a decisão que tomei hoje por volta das 8 horas da noite.
Eu, Estér Reis Pimmel, decidi, que contando a partir de amanhã, 4/06/11 (por que hoje eu ja comprei), vou ficar exatos 112 dias, sem comprar absolutamente NADA!!! (Esse nada que me refiro são roupas, sapatos, bolsas, perfumes, cremes e acessórios)
Os 112 dias vencem no dia 24 de Setembro, dia do meu aniversário. Nesse dia preciso comprar alguma coisa pra me dar de presente.
Vai ser bem 'doloroso'. Principamente pelo fato de que a partir de Julho meu salário vai ser dobrado. Vou passar a ganhar o dobro do que ganho atualmente.
Maaaaaaaas, mesmo assim pretendo cumprir á risca esse meu 'projeto de vida' que criei.
É claro que esse projeto não exclui o recebimento de presentes, e 'agradinhos', como os que venho recebendo de 2 meses pra, de um determinado 'presenteador secreto', que mandou uma bolsa da D&G e um perfume maravilhoso.

Vou falar no Twitter pra vocês, todas as noites, que passei mais um feliz dia da minha vida, sem consumir!!! Acompanhem!
E, se, acontecer de eu dar um leve escorregão e comprar alguma dessas coisas que eu me auto-proibi, vou contar la também. (Mas, o escorregão está fora de cogitação, nos próximos 112 dolorosos dias!)

E dizendo NÃO ao meu consumismo pessoal, me despeço. KEY PIMMEL

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